“The Magician ‘s Farewell” começa em fevereiro de 2025 em Birmingham, na Inglaterra, e passa por cinco cidades brasileiras no mês de abril (veja as datas e o serviço dos shows abaixo).
“Nos próximos dois ou três anos, pretendemos tocar em tantos lugares quanto possível e ver todos vocês pela última vez”, disse Box, nas redes sociais do grupo. “Em meu nome e da banda, quero agradecer a todos pelo apoio contínuo que vocês sempre nos deram. Significa muito para nós e só quero agradecer por isso.”
O Uriah Heep surgiu em Londres, no ano de 1969, e tirou seu nome de um personagem ardiloso de “David Copperfield”, romance do escritor Charles Dickens (1812-1870).
A sua relação com a crítica musical nunca foi harmoniosa. A resenha de seu disco de estreia, escrita por uma jornalista da revista “Rolling Stone”, é histórica.
“Se eles fizerem sucesso, eu me suicido”, escreveu ela. “A gente passou anos esperando que ela cumprisse a promessa”, ironizou Mick Box. “Ela nos comparou com bandas como Jethro Tull, o que prova que não escutou o disco com cuidado. Não temos nada a ver com eles.”
A carreira longeva do grupo inglês fez com que eles brilhassem em diferentes variações do rock –progressivo, psicodelia, rock pesado e até pop. Alguns dos principais discos do quinteto estão sendo lançados no país por selos e gravadoras independentes. É uma boa oportunidade para conhecer a quarta força do rock pesado. São eles:
“Demons & Wizards” (Wikimetal)
Lançado em 1972, é um dos discos mais populares do Uriah Heep e o que traz seu principal hit –”Easy Livin’”, rock de refrão grudento e com peso na medida certa. Tem uma combinação única de música gótica, hard rock e progressivo, graças ao tecladista Ken Hensley.
“The Magician’s Birthday” (Wikimetal)
O disco de 1973 mantém a receita consagrada em “Demons & Wizards”. Embora não repita o brilhantismo do anterior, tem momentos graciosos como “Sunrise”, balada na qual brilham os vocais de David Byron, e a faixa-título, que remete aos tempos da ópera-rock.
“Live in USA” (Hellion Records)
Gravado, obviamente, durante uma apresentação do Uriah Heep nos Estados Unidos, em 2003, ele serve como um cartão de visitas à sonoridade atual do grupo. Em especial a atuação de Bernie Shaw, vocalista titular desde 1986 (em substituição a pesos pesados como David Byron, John Lawton e Peter Goalby).
“Magic Night” (Hellion Records)
Mais um disco ao vivo, dessa vez de 2004. Gravado no ano anterior no Astoria, em Londres, tem como destaque a presença do baixista Trevor Bolder, ex-David Bowie, e que integrou o Uriah Heep na segunda metade dos anos 1970 e boa parte dos anos 1990 e 2000. É um músico de som diferenciado, um baixo “gordo”. E John Lawton, cantor da fase mais hard rock da banda. “Magic Night” tem como bônus um DVD do show.
“Chaos & Colour” (Rock Brigade)
O mais recente lançamento de estúdio do grupo –que da formação original traz apenas o guitarrista Mick Box– é um atestado de sua qualidade. Uma reunião de canções inspiradas no rock pesado e na psicodelia. “Hail the Sunrise” está na lista das melhores canções do Uriah.
“THE MAGICIAN’S FAREWELL” (datas e serviços)
- 9 de abril no Rio de Janeiro (Teatro Clara Nunes)
- 10 de abril em Porto Alegre (Opinião)
- 11 de abril em São Paulo (Tokyo Marine Hall)
- 12 de abril em Curitiba (Ópera de Arame)
- 13 de abril em Belo Horizonte (Mister Rock)